FRANCISCO LONGINO, PRIMEIRO PADRE MOSSOROENSE; E UNS DOS PRIMEIROS VEREADORES DE APODI

terça-feira, 26 de abril de 2022

FRANCISCO LONGINO GUILHERME DE MELO

 

FRANCISCO LONGINO ( 15/03/1802 – 30/03/1876): PADRE E O BACAMARTE E VEREADOR EM APODI, POSSE EM 09 DE OUTUBRO DE 1835

 



FRANCISCO LONGINO GUILHERME DE MELO

 


O sacerdote Francisco Longino Guilherme de Mello fazia parte de uma tradicional família do oeste do Rio do Grande do Norte.

Natural de Mossoró foram seus pais o Capitão Simão Guilherme de Melo e dona Inácia Maria da Paixão, moradores na sua fazenda do ‘Camurupim’, da amiga freguesia do Apodi, atual de Mossoró. Nasceu aos 15 de março de 1802 e foi batizado aos 4 de abril do mesmo ano, na então Capela de Santa Luzia, hoje Matriz de Mossoró. (SOUZA, 1979, p. 145).

Foi um daqueles personagens que marcou a história. Como era um sacerdote católico, seria natural pensarmos que sua marca histórica decorreu de seus atos piedosos de caridade e bondade ao próximo, que são predicados esperados do cristão, porém Longino foi alguém que não condizia absolutamente com a imagem de um líder religioso pacífico; pelo contrário, foi

5 Nas refregas, eram usadas armas de fogo denominadas clavinotes e bacamartes, usadas no século XIX (SOUZA,

1979). “O bacamarte: arma de fogo de cano curto e largo; indivíduo sem préstimo.” (LOPES, 1987, p. 84). “Clavinote: pequena clavina; Clavina o mesmo que carabina.” (LOPES, 1987, p. 176). “Padre Longino, esses salutares princípios, entrou alguns anos depois de sua ordenação em lutas armadas e sangrentas na terra de seus ascendentes. trocando o livro pelo punhal; o missal pelo clavinote.” (SOUZA, 1979, p. 149). “O Bacamarte e o punhal do sicário eram os árbitros supremos da vida e da honra dos cidadãos. Jorrava nas ruas públicas, como em uma batalha campal, o sangue humano.” (SOUZA, 1979, p. 92).

violento e de gênio contraditório ao seu ofício e, por causa de suas aventuras criminosas e violentas, tornou-se famoso na época e região. Assim o descreve Cascudo (2001, p. 169):

Não há entidade mais famosa, cheia de lutas, lances de ousadia e violência, possivelmente alguns desfigurados pela imaginação dos narradores, através dos anos. Viveu combatendo inimigos, com mentalidade da época, aguerrida, imediata e bruta. Era homem inteligente, espirituoso e pessoalmente de coragem alta. Esses predicados se fixaram na retentiva popular.

Conforme relato do historiador Souza (1979), sua família era de pessoas pacíficas e de comportamento exemplar na cidade e ele teve a sua formação e ordenação para o sacerdócio na cidade de Olinda, em Pernambuco. Após esse período, voltou para Mossoró, que aguardava com ansiedade o seu retorno para se ocupar do pastoreio daquele carente rebanho, tendo celebrado sua primeira missa no dia 2 de fevereiro de 1827, ocasião em que houve uma grande festa para recebê-lo dignamente como sacerdote

 

Não era o fato de Longino ter usado a violência que afrontava as pessoas daquela época e contexto cultural, mas a forma que ele a usou. A cultura do contexto do sertão nordestino permitia o uso da violência em várias situações: defesa pessoal, vingança do ofendido, defesa da honra etc., mas talvez tivesse dificuldade de aceitar o uso da violência contra uma pessoa pacífica ou quando ela não se “fazia necessária”.

A história de violência do Padre Longino começou com um desentendimento que é narrado como tendo ocorrido por motivos fúteis. Contraditoriamente, o padre estava exercendo suas funções religiosas, celebrando a cerimônia de casamento, em janeiro de 1833, da filha de um fazendeiro na Ilha de Dentro, na região, após a qual foi servido um grande jantar característico daqueles oferecidos pelos fazendeiros da época, no qual havia oferta excessiva de vinho. Souza (1979, p. 88) descreve o fato da seguinte maneira:

Após o jantar passam todos a palestrar na maior harmonia. Sucede, porém, que, tendo Pedro Alves Ferreira dado algumas moedas de prata e ouro para João Ferreira Butargo guardar, Longino pede as mesmas a Pedro para ver. Como Pedro Alves e João Ferreira se recusam a mostrar, origina-se uma discussão entre o Padre e Pedro Alves, intervindo em favor deste, Antônio Basílio de Souza, que saca de uma faca para o Padre. Outras intervenções surgidas são no sentido de tomar a faca de Basílio. Tudo parecia serenado. O Padre Longino, no entanto, furioso que ainda estava, vai à sala e volta de faca em punho que havia guardado dentro de umas botinas e na ira sanguinária, no pátio de casa, investe contra seu antagonista, dando lhe seis facadas.

A narração histórica desses fatos deixa-nos algumas dúvidas: o que levou o Padre Longino àquele estado de ira? Seria porque ele estava bastante afetado pelo vinho? Ou porque aquelas pessoas não quiseram lhe mostrar as moedas de ouro e prata, pois ele era um padre? Sabemos que, em muitos casos, a atitude da violência humana não é simplesmente explicável, porém um sacerdote católico, com um posto de bastante prestígio, não iria cometer um ato de loucura sem algum obstáculo, seja interno ou externo, que o impedisse. Por mais que a afirmação e justificativa sejam em razão da índole perversa do padre, aspecto do seu caráter que se confirma, temos que suspeitar que houvesse algo escondido por trás daquelas moedas.

Foi instaurado um processo contra o padre, que resultou no pagamento de fiança e em algumas audiências, que foram registradas, mas nenhuma justiça à altura foi feita pelas autoridades competentes, ficando apenas o registro de mais um crime tratado com impunidade, abrindo precedente para a velha justiça feita com as próprias mãos do velho costume do sertão. Por sua vez, Antônio Basílio de Sousa, que conseguiu se salvar de seus ferimentos, por diversas vezes tentou, sem sucesso, matar o padre por meio de emboscadas, no intuito de vingar a agressão sofrida.

Também começou a imperar um longo ciclo de violência entre o Padre Longino e João Ferreira da Costa, vulgo Butrago, o mesmo envolvido na história das moedas. Butrago é descrito como “um homem de má índole e assassino” (SOUZA, 1979, p. 88), que vivia com Quitéria Rita, a mãe de seus cinco filhos e viúva do português Cipriano Varela, assassinado pelo próprio para ficar com ela – crime que, aliás, ficou impune. Já inimigos, os ânimos exaltaram-se quando o Padre Longino, capelão de Santa Luzia, celebrou o casamento escondido de Maximiano, um dos filhos de Butrago, e “Ana, filha de Maria do Monte, Mulher de cor” (SOUZA, 1979, p. 167), contra a vontade da família.

Após troca de ofensas e ameaças, estabeleceu-se o início das refregas. Butrago formou um grupo armado com seus parentes, enquanto o padre contratou capangas para protegê-lo, os quais se reuniram a alguns de seus parentes. Esses dois grupos travaram confrontos sangrentos de luta armada, espalhando pela cidade um clima de medo e insegurança. Em função do confronto, a família de Butrago mudou-se da cidade para uma região litorânea, chamada Redonda ou Barra, onde morava Antônio Basílio, que também se envolveu nos confrontos. A família organizava os ataques ao padre, tentando atingi-lo em sua moradia no povoado de Santa Luzia e, em outras ocasiões, tentava matá-lo por meio de emboscadas; depois, retirava-se novamente para a região praiana.

Os resultados desses confrontos guerreiros foram mortes de pessoas dos dois lados e de outras pessoas inocentes, que, por infelicidade, encontravam-se no meio do fogo cruzado. Um

dos filhos de Butrago, Antonio Ferreira da Costa, um homem pacífico que não queria estar envolvido nessa disputa sangrenta, mudou-se para a cidade de Apodi, onde passou a levar sua vida longe daquele campo de batalha, mas o ódio da disputa vingativa foi ao seu encontro, tendo sido contratado um capanga, chamado Serpentão, para assassiná-lo. Depois de cumprir sua perversa missão, o matador abrigou-se na casa de Longino, fazendo parte do seu grupo de capangas. Portanto, não havia dúvidas, naquela ocasião, de que o padre tinha sido o mandante do crime. Em reação de vingança, a família de Butrago organizou aquele que seria o maior confronto contra o padre.

A noite de 14 de julho de 1841 foi turbulenta para os moradores do povoado, pois uma batalha sangrenta instalou-se ali. O grupo de Butrago invadiu a cidade, atirando contra a casa do padre, que, com seus capangas, contra-atacava noite adentro. Retirando-se ao amanhecer, o bando de Butrago deixou para trás um rastro de sangue da morte de dois inocentes, levando um caboclo morto que fazia parte do seu grupo. Depois disso, Longino mandou assassinar José Vicente da Silva, um dos integrantes do grupo que havia atacado a sua casa. Além disso, o padre tramou assassinar o juiz de paz da paróquia, Alferes Alexandre de Sousa Rocha, temendo ser responsabilizado pelo crime de José Vicente, mas o juiz foi salvo por Tomás, que o avisou, tendo sido ele um dos membros do bando de capangas do padre enviado para o crime. Aliás, para esse crime, também não foi instaurado processo (SOUZA, 1979).

O fim da guerra entre o Padre Longino e o bando de Butrago aconteceu em 1841, quando a família deste mudou-se para a Caatinga do Góis, talvez cansada ou receosa desses embates guerreiros.

No entanto, o sacerdote tinha outros problemas morais além da violência; por exemplo, vivia em relações de concubinato, procedimento que contrariava seus votos de castidade como sacerdote da Igreja Católica Romana. Quando deixou o povoado de Santa Luzia, indo para as terras do Maranhão, consigo levou uma concubina denominada Xica, mulher de Henrique, seu jagunço. Depois, tomou para si a mulher de Joaquim Soares, apelidado de Melado, mantendo com ela um relacionamento público de concubinato.

Em outra ocasião, em passagem pelo estado do Piauí, Longino, adiantado de sua comitiva, passou por uma fábrica6 e se encontrou com o proprietário, a quem Souza (1979, p. 181) descreve como “criôlo rico e mandão”. O padre estava encharcado por uma chuva forte que havia tomado e aquele senhor, que, na ocasião, estava jantando em companhia de seus

amigos, com ironia debochou do padre, tendo sido punido duramente por isso. Assim descreve Souza (1979, p. 181) essa ocasião:

Senhor Padre se V. Revma. achasse quem lhe desse roupa enxuta para mudar essa molhada que tem no corpo, achava bom, e o Padre disse que sim e ele com desdém respondeu, mas não tem, o mesmo fez com a comida e o bom vinho de que se serviam na mesa e o padre dizia que sim e tinha dele a resposta- mas não tem. Chegaram todos do comboio, e o Padre mandou que seus sequazes agarrassem esse criolo ousado atou-o a um esteio de casa e pediu uma formidável peça de nó bem grossa e mandou-a com toda a sua força no dorso do dito criolo, quando descansou perguntou-lhe negro se por acaso chegasse aqui uma pessoa caridosa que te acudisse e me pedisse para te soltar tu achavas bom e o criolo disse que sim e o Padre respondeu-lhe: mas não tem. Dando-lhe mais tunda acompanhado daquelas perguntas e respostas quando saciou sua vontade, seguiram viagem deixando o criôlo bastante surrado e atado no dito esteio, não sabendo se escapou ou morreu da surra.

Essa última proeza descrita por Souza (1979) é narrada nos mesmos moldes por Cascudo (2001). A importância desse registro não é em função de descrever o caráter deplorável do padre, mas de se fazer uma crítica à narrativa extremamente racista do autor, passiva de repúdio por sua linguagem agressiva contra aquele homem por ele ser negro, tratamento que, em outros contextos, como na música e poesia, ou mesmo na literatura, poderia ter outra sonoridade se fosse um tratamento sem rotulação característica de uma cultura local. Entretanto, no texto, é visível o prazer do autor pela desforra do padre ao dono da fazenda, chamando-o de “criolo”.

Não dá para entender esse seu tratamento, sendo que um dos importantes acontecimentos, em Mossoró, foi a abolição da escravidão na cidade antes mesmo de acontecer no Brasil, sendo ela uma das pioneiras. Veja como isso contraria o que ele diz sobre a abolição:

[...] 30 de setembro de 1883, a libertação total no município. Esse brilhante resultado foi conseguido sem oposição alguma, pois para maior glória do povo mossoroense, todos foram abolicionistas na cidade, libertando seus escravos, sem nenhum favor ou auxílio do governo. (SOUZA, 1979, p. 107).

De fato, Souza (1979) usa como fonte de apontamento histórico a poesia de cordel7 de autoria do Padre José Antonio Lopes da Silveira, denominada Poeta improvisado, sobre a vida

7 Para Cardoso (2003, p. 12), “a ‘descoberta’ do cordel pelo meio acadêmico, julgamos, decorre da percepção dos

intelectuais acerca da força que essa modalidade literária detém na representação do imaginário de nosso povo, cristalizando sua maneira de pensar e de reagir ante os fenômenos sociais [...]. Dessa forma, trata-se o cordel de uma literatura viva, intimamente ligada com a cosmovisão popular, do que decorre sua condição de chave para o entendimento da própria identidade nacional: mais do que narrar histórias, os cordelistas deixam pistas para o mapeamento da ‘alma’ de nosso povo.”

do Padre Longino; uma poesia de mais de quatrocentos versos, dos quais consegue copiar pouco mais de cem. Visando a apresentar parte dessas poesias sobre as maldades praticadas pelo padre, usaremos apenas alguns versos para enriquecer esta pesquisa:

§ Uma tentativa de ferir seu próprio pai com golpe de faca:

Ainda sendo bem moço Estando duma faca armado

Quis ferir seu próprio pai. (SILVEIRA apud SOUZA, 1979, p. 150).

§ Prática de relação incestuosa com sua própria sobrinha, filha de João Gualberto, sendo ela, na ocasião, uma moça nova, que ainda não tinha nenhuma experiência sexual:

Em casa de João Gualberto Que deste bruto é cunhado

Deflorou sua sobrinha. (SILVEIRA apud SOUZA, 1979, p. 150).

§ Ocasião em que seduziu uma moça no confessionário e, depois, usou capangas armados para retirá-la da família, fazendo com que essa família, que era pobre, fugisse com medo da cidade:

A uma menina donzela No confessionário sentado

Solicitou e seduziu-a. (SILVEIRA apud SOUZA, 1979, p. 151).

Essa descrição física e comportamental de Longino parece coincidir com a que Euclides da Cunha (1902) faz sobre o sertanejo. Aliás, essa característica poderia ser aplicada ao caipira mineiro ou goiano ou, mesmo, a outros caipiras e sertanejos do interior do Brasil, com algumas peculiaridades regionais.

No som da fala é caboclo... Os pés nunca virão meias Chapéu de palha encaixado Na cabeça de marmelo

É desgracioso, desengonçado, torto. Hércules-Quasímodo, reflete no aspecto a fealdade típica dos fracos. O andar sem firmeza, sem aprumo, quase gingante e sinuoso, aparenta a translação de membros desarticulados. Agrava-o a postura normalmente abatida, num manifestar de displicência que lhe dá um caráter de humildade deprimente. A pé, quando parado, recosta-se invariavelmente ao primeiro umbral ou parede que encontra; a cavalo, se sofreia o animal para trocar duas palavras com um conhecido, cai logo sobre um dos estribos, descansando sobre a espenda da sela. Caminhando, mesmo a passo rápido, não traça trajetória retilínea e firme. Avança celeremente, num bambolear característico, de que parecem ser o traço geométrico os meandros das trilhas sertanejas. E se na marcha estaca pelo motivo mais vulgar, para enrolar um cigarro, bater o isqueiro, ou travar ligeira conversa com um amigo, cai logo – cai é o termo – de cócoras, atravessando largo tempo numa posição de equilíbrio instável, em que todo o seu corpo fica suspenso pelos dedos grandes dos pés, sentado sobre os calcanhares, com uma simplicidade a um tempo ridícula e adorável. (CUNHA, 1902, p. 79).

Vale a pena citar o encerramento do poema, que não esconde os sentimentos pessoais do autor, Padre Silveira, como também deixa transparecer aquela característica humorada do nordestino:

Oh! Meu Deus dos autos céus Meu bom Jesus amado

Convertei-o, levai-o para vós. (SILVEIRA apud SOUZA, 1979, p. 162). Se lá vós não o quiserdes

Este indigno desgraçado

Mandai para a casa de Juda. (SILVEIRA apud SOUZA, 1979, p. 162).

Em 1872, o Padre Longino, já velho, pobre e cego, resolveu voltar para a sua terra natal, sendo que o recurso para essa viagem veio de doações recebidas por onde ele passava. Curiosamente, na sua chegada a Mossoró, uma grande multidão recebeu-o. Souza (1979, p. 182-183) descreve da seguinte maneira a sua chegada:

A chegada do Padre Longino em Mossoró realizou-se em abril do mesmo ano de 1872 tendo tido por parte de seus parentes e patrícios uma grande recepção, pois moços, e velhos do lugar desejosos de verem o Longino ausente a 28 anos dos pátrios lares, cavalgando em seus cavalos foram ao encontro nas proximidades da Serra de Mossoró entrando ele os muros da cidade, dessa cidade que quando povoação serviu de teatro de suas inúmeras façanhas, acompanhado por crescido números de cavalheiros e de populares a pé. Para a casa do Vigário Antonio Joaquim onde achava hospedado Padre Longino houve uma verdadeira romaria de seus parentes e patrícios, homens, mulheres e crianças, todos foram ali conhecer o autor de tantas proezas das quais ouviram falar.

Trouxe em sua companhia uma filha e, cego, celebrava os atos religiosos de cor. Logo em seguida, foi enviado para exercer a função de capelão na “Rua da Palha”, na cidade de Upanema, ficando ali até 1877, quando a região foi castigada por uma terrível seca. Suas funções sacerdotais foram autorizadas pelo Padre Antonio Joaquim e ele voltou para Mossoró em 1878, ano em que faleceu:

Adoecendo, voltou para Mossoró onde faleceu a 30 de maio de 1878, sendo sepultado dentro da Capela do Cemitério Público de Mossoró. Faleceu com 74 anos de idade e 50 anos de sacerdote. Quanto ao seu gênio tão conhecido dos antigos, não sofreu mudança alguma. (BEZERRA, 1987, p. 31).

Como sentença final ao seu procedimento contrário à piedade, que manchava seu ministério religioso, ficou à margem da história, mesmo que tenha dedicado quase toda a sua vida ao sacerdócio e no seu exercício tenha morrido. Foi condenado ao esquecimento, principalmente institucional, sendo lembrado e mencionado apenas por aqueles pesquisadores que “folheiam as páginas” da história e procuram ser transparentes, não omitindo fatos. Ainda, seu nome não poderia ser lembrado em nenhum memorial, nem mesmo em uma rua; quando isso aconteceu, a cidade acreditou ter corrigido o equívoco: “Rua Padre Longino (que mais tarde passou a se chamar de rua Trinta de Setembro).” (FEMENICK, 2007, p. 60).

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FRANCISCO LONGINO GUILHERME DE MELO

  FRANCISCO LONGINO ( 15/03/1802 – 30/03/1876): PADRE E O BACAMARTE E VEREADOR EM APODI, POSSE EM 09 DE OUTUBRO DE 1835