O sacerdote Francisco Longino Guilherme de Mello fazia parte de uma tradicional família do oeste do Rio do Grande do Norte.
Natural de Mossoró foram seus
pais o Capitão Simão Guilherme de Melo e dona Inácia Maria da Paixão, moradores
na sua fazenda do ‘Camurupim’, da amiga freguesia do Apodi, atual de Mossoró.
Nasceu aos 15 de março de 1802 e foi batizado aos 4 de abril do mesmo ano, na então
Capela de Santa Luzia, hoje Matriz de Mossoró. (SOUZA, 1979, p. 145).
Foi um daqueles personagens
que marcou a história. Como era um sacerdote católico, seria natural pensarmos
que sua marca histórica decorreu de seus atos piedosos de caridade e bondade ao
próximo, que são predicados esperados do cristão, porém Longino foi alguém que
não condizia absolutamente com a imagem de um líder religioso pacífico; pelo
contrário, foi
5 Nas
refregas, eram usadas armas de fogo denominadas clavinotes e bacamartes, usadas
no século XIX (SOUZA,
1979). “O bacamarte: arma de
fogo de cano curto e largo; indivíduo sem préstimo.” (LOPES, 1987, p. 84).
“Clavinote: pequena clavina; Clavina o mesmo que carabina.” (LOPES, 1987, p.
176). “Padre Longino, esses salutares princípios, entrou alguns anos depois de
sua ordenação em lutas armadas e sangrentas na terra de seus ascendentes.
trocando o livro pelo punhal; o missal pelo clavinote.” (SOUZA, 1979, p. 149).
“O Bacamarte e o punhal do sicário eram os árbitros supremos da vida e da honra
dos cidadãos. Jorrava nas ruas públicas, como em uma batalha campal, o sangue
humano.” (SOUZA, 1979, p. 92).
violento e de gênio
contraditório ao seu ofício e, por causa de suas aventuras criminosas e
violentas, tornou-se famoso na época e região. Assim o descreve Cascudo (2001,
p. 169):
Não há entidade mais famosa,
cheia de lutas, lances de ousadia e violência, possivelmente alguns
desfigurados pela imaginação dos narradores, através dos anos. Viveu combatendo
inimigos, com mentalidade da época, aguerrida, imediata e bruta. Era homem
inteligente, espirituoso e pessoalmente de coragem alta. Esses predicados se
fixaram na retentiva popular.
Conforme relato do historiador
Souza (1979), sua família era de pessoas pacíficas e de comportamento exemplar
na cidade e ele teve a sua formação e ordenação para o sacerdócio na cidade de
Olinda, em Pernambuco. Após esse período, voltou para Mossoró, que aguardava
com ansiedade o seu retorno para se ocupar do pastoreio daquele carente
rebanho, tendo celebrado sua primeira missa no dia 2 de fevereiro de 1827,
ocasião em que houve uma grande festa para recebê-lo dignamente como sacerdote
Não era o fato de Longino ter usado a violência que afrontava as pessoas
daquela época e contexto cultural, mas a forma que ele a usou. A cultura do
contexto do sertão nordestino permitia o uso da violência em várias situações:
defesa pessoal, vingança do ofendido, defesa da honra etc., mas talvez tivesse
dificuldade de aceitar o uso da violência contra uma pessoa pacífica ou quando
ela não se “fazia necessária”.
A história de violência do Padre Longino começou com um desentendimento
que é narrado como tendo ocorrido por motivos fúteis. Contraditoriamente, o
padre estava exercendo suas funções religiosas, celebrando a cerimônia de casamento,
em janeiro de 1833, da filha de um fazendeiro na Ilha de Dentro, na região,
após a qual foi servido um grande jantar característico daqueles oferecidos
pelos fazendeiros da época, no qual havia oferta excessiva de vinho. Souza
(1979, p. 88) descreve o fato da seguinte maneira:
Após o jantar passam todos a palestrar na maior harmonia. Sucede, porém,
que, tendo Pedro Alves Ferreira dado algumas moedas de prata e ouro para João
Ferreira Butargo guardar, Longino pede as mesmas a Pedro para ver. Como Pedro
Alves e João Ferreira se recusam a mostrar, origina-se uma discussão entre o
Padre e Pedro Alves, intervindo em favor deste, Antônio Basílio de Souza, que
saca de uma faca para o Padre. Outras intervenções surgidas são no sentido de
tomar a faca de Basílio. Tudo parecia serenado. O Padre Longino, no entanto,
furioso que ainda estava, vai à sala e volta de faca em punho que havia
guardado dentro de umas botinas e na ira sanguinária, no pátio de casa, investe
contra seu antagonista, dando lhe seis facadas.
A narração histórica desses fatos deixa-nos algumas dúvidas: o que levou
o Padre Longino àquele estado de ira? Seria porque ele estava bastante afetado
pelo vinho? Ou porque aquelas pessoas não quiseram lhe mostrar as moedas de
ouro e prata, pois ele era um padre? Sabemos que, em muitos casos, a atitude da
violência humana não é simplesmente explicável, porém um sacerdote católico,
com um posto de bastante prestígio, não iria cometer um ato de loucura sem
algum obstáculo, seja interno ou externo, que o impedisse. Por mais que a
afirmação e justificativa sejam em razão da índole perversa do padre, aspecto
do seu caráter que se confirma, temos que suspeitar que houvesse algo escondido
por trás daquelas moedas.
Foi instaurado um processo contra o padre, que resultou no pagamento de
fiança e em algumas audiências, que foram registradas, mas nenhuma justiça à
altura foi feita pelas autoridades competentes, ficando apenas o registro de
mais um crime tratado com impunidade, abrindo precedente para a velha justiça feita
com as próprias mãos do velho costume do sertão. Por sua vez, Antônio Basílio
de Sousa, que conseguiu se salvar de seus ferimentos, por diversas vezes
tentou, sem sucesso, matar o padre por meio de emboscadas, no intuito de vingar
a agressão sofrida.
Também começou a imperar um longo ciclo de violência entre o Padre
Longino e João Ferreira da Costa, vulgo Butrago, o mesmo envolvido na história
das moedas. Butrago é descrito como “um homem de má índole e assassino” (SOUZA,
1979, p. 88), que vivia com Quitéria Rita, a mãe de seus cinco filhos e viúva
do português Cipriano Varela, assassinado pelo próprio para ficar com ela –
crime que, aliás, ficou impune. Já inimigos, os ânimos exaltaram-se quando o
Padre Longino, capelão de Santa Luzia, celebrou o casamento escondido de
Maximiano, um dos filhos de Butrago, e “Ana, filha de Maria do Monte, Mulher de
cor” (SOUZA, 1979, p. 167), contra a vontade da família.
Após troca de ofensas e ameaças, estabeleceu-se o início das refregas.
Butrago formou um grupo armado com seus parentes, enquanto o padre contratou
capangas para protegê-lo, os quais se reuniram a alguns de seus parentes. Esses
dois grupos travaram confrontos sangrentos de luta armada, espalhando pela
cidade um clima de medo e insegurança. Em função do confronto, a família de
Butrago mudou-se da cidade para uma região litorânea, chamada Redonda ou Barra,
onde morava Antônio Basílio, que também se envolveu nos confrontos. A família
organizava os ataques ao padre, tentando atingi-lo em sua moradia no povoado de
Santa Luzia e, em outras ocasiões, tentava matá-lo por meio de emboscadas;
depois, retirava-se novamente para a região praiana.
Os resultados desses confrontos guerreiros foram mortes de pessoas dos
dois lados e de outras pessoas inocentes, que, por infelicidade, encontravam-se
no meio do fogo cruzado. Um
dos filhos de Butrago, Antonio Ferreira da Costa, um homem pacífico que
não queria estar envolvido nessa disputa sangrenta, mudou-se para a cidade de
Apodi, onde passou a levar sua vida longe daquele campo de batalha, mas o ódio
da disputa vingativa foi ao seu encontro, tendo sido contratado um capanga,
chamado Serpentão, para assassiná-lo. Depois de cumprir sua perversa missão, o
matador abrigou-se na casa de Longino, fazendo parte do seu grupo de capangas.
Portanto, não havia dúvidas, naquela ocasião, de que o padre tinha sido o
mandante do crime. Em reação de vingança, a família de Butrago organizou aquele
que seria o maior confronto contra o padre.
A noite de 14 de julho de 1841 foi turbulenta para os moradores do
povoado, pois uma batalha sangrenta instalou-se ali. O grupo de Butrago invadiu
a cidade, atirando contra a casa do padre, que, com seus capangas,
contra-atacava noite adentro. Retirando-se ao amanhecer, o bando de Butrago
deixou para trás um rastro de sangue da morte de dois inocentes, levando um
caboclo morto que fazia parte do seu grupo. Depois disso, Longino mandou
assassinar José Vicente da Silva, um dos integrantes do grupo que havia atacado
a sua casa. Além disso, o padre tramou assassinar o juiz de paz da paróquia,
Alferes Alexandre de Sousa Rocha, temendo ser responsabilizado pelo crime de
José Vicente, mas o juiz foi salvo por Tomás, que o avisou, tendo sido ele um
dos membros do bando de capangas do padre enviado para o crime. Aliás, para
esse crime, também não foi instaurado processo (SOUZA, 1979).
O fim da guerra entre o Padre Longino e o bando de Butrago aconteceu em
1841, quando a família deste mudou-se para a Caatinga do Góis, talvez cansada
ou receosa desses embates guerreiros.
No entanto, o sacerdote tinha outros problemas morais além da violência;
por exemplo, vivia em relações de concubinato, procedimento que contrariava
seus votos de castidade como sacerdote da Igreja Católica Romana. Quando deixou
o povoado de Santa Luzia, indo para as terras do Maranhão, consigo levou uma
concubina denominada Xica, mulher de Henrique, seu jagunço. Depois, tomou para
si a mulher de Joaquim Soares, apelidado de Melado, mantendo com ela um
relacionamento público de concubinato.
Em outra ocasião, em passagem pelo estado do Piauí, Longino, adiantado
de sua comitiva, passou por uma fábrica6 e se encontrou com o proprietário, a
quem Souza (1979, p. 181) descreve como “criôlo rico e mandão”. O padre estava
encharcado por uma chuva forte que havia tomado e aquele senhor, que, na
ocasião, estava jantando em companhia de seus
amigos, com ironia debochou do padre, tendo sido punido duramente por
isso. Assim descreve Souza (1979, p. 181) essa ocasião:
Senhor Padre se V. Revma. achasse quem lhe desse roupa enxuta para mudar
essa molhada que tem no corpo, achava bom, e o Padre disse que sim e ele com
desdém respondeu, mas não tem, o mesmo fez com a comida e o bom vinho de que se
serviam na mesa e o padre dizia que sim e tinha dele a resposta- mas não tem. Chegaram
todos do comboio, e o Padre mandou que seus sequazes agarrassem esse criolo
ousado atou-o a um esteio de casa e pediu uma formidável peça de nó bem grossa
e mandou-a com toda a sua força no dorso do dito criolo, quando descansou
perguntou-lhe negro se por acaso chegasse aqui uma pessoa caridosa que te
acudisse e me pedisse para te soltar tu achavas bom e o criolo disse que sim e
o Padre respondeu-lhe: mas não tem. Dando-lhe mais tunda acompanhado daquelas
perguntas e respostas quando saciou sua vontade, seguiram viagem deixando o
criôlo bastante surrado e atado no dito esteio, não sabendo se escapou ou
morreu da surra.
Essa última proeza descrita por Souza (1979) é narrada nos mesmos moldes
por Cascudo (2001). A importância desse registro não é em função de descrever o
caráter deplorável do padre, mas de se fazer uma crítica à narrativa
extremamente racista do autor, passiva de repúdio por sua linguagem agressiva
contra aquele homem por ele ser negro, tratamento que, em outros contextos,
como na música e poesia, ou mesmo na literatura, poderia ter outra sonoridade
se fosse um tratamento sem rotulação característica de uma cultura local.
Entretanto, no texto, é visível o prazer do autor pela desforra do padre ao
dono da fazenda, chamando-o de “criolo”.
Não dá para entender esse seu tratamento, sendo que um dos importantes
acontecimentos, em Mossoró, foi a abolição da escravidão na cidade antes mesmo
de acontecer no Brasil, sendo ela uma das pioneiras. Veja como isso contraria o
que ele diz sobre a abolição:
[...] 30 de setembro de 1883, a libertação total no município. Esse
brilhante resultado foi conseguido sem oposição alguma, pois para maior glória
do povo mossoroense, todos foram abolicionistas na cidade, libertando seus
escravos, sem nenhum favor ou auxílio do governo. (SOUZA, 1979, p. 107).
De fato, Souza (1979) usa como fonte de apontamento histórico a poesia
de cordel7 de autoria do Padre José Antonio Lopes da
Silveira, denominada Poeta improvisado, sobre a vida
7 Para Cardoso (2003, p. 12), “a ‘descoberta’ do cordel pelo
meio acadêmico, julgamos, decorre da percepção dos
intelectuais acerca da força que essa modalidade literária detém na
representação do imaginário de nosso povo, cristalizando sua maneira de pensar
e de reagir ante os fenômenos sociais [...]. Dessa forma, trata-se o cordel de
uma literatura viva, intimamente ligada com a cosmovisão popular, do que
decorre sua condição de chave para o entendimento da própria identidade
nacional: mais do que narrar histórias, os cordelistas deixam pistas para o
mapeamento da ‘alma’ de nosso povo.”
do Padre Longino; uma poesia de mais de quatrocentos versos, dos quais
consegue copiar pouco mais de cem. Visando a apresentar parte dessas poesias
sobre as maldades praticadas pelo padre, usaremos apenas alguns versos para
enriquecer esta pesquisa:
§ Uma tentativa de
ferir seu próprio pai com golpe de faca:
Ainda sendo bem moço Estando duma faca armado
Quis ferir seu próprio pai. (SILVEIRA apud SOUZA, 1979, p. 150).
§ Prática de relação
incestuosa com sua própria sobrinha, filha de João Gualberto, sendo ela, na
ocasião, uma moça nova, que ainda não tinha nenhuma experiência sexual:
Em casa de João Gualberto Que deste bruto é cunhado
Deflorou sua sobrinha. (SILVEIRA apud SOUZA, 1979, p. 150).
§ Ocasião em que seduziu
uma moça no confessionário e, depois, usou capangas armados para retirá-la da
família, fazendo com que essa família, que era pobre, fugisse com medo da
cidade:
A uma menina donzela No confessionário sentado
Solicitou e seduziu-a. (SILVEIRA apud SOUZA, 1979, p. 151).
Essa descrição física e comportamental de Longino parece coincidir com a
que Euclides da Cunha (1902) faz sobre o sertanejo. Aliás, essa característica
poderia ser aplicada ao caipira mineiro ou goiano ou, mesmo, a outros caipiras
e sertanejos do interior do Brasil, com algumas peculiaridades regionais.
No som da fala é caboclo... Os pés nunca virão meias Chapéu de palha
encaixado Na cabeça de marmelo
É desgracioso, desengonçado, torto. Hércules-Quasímodo, reflete no
aspecto a fealdade típica dos fracos. O andar sem firmeza, sem aprumo, quase
gingante e sinuoso, aparenta a translação de membros desarticulados. Agrava-o a
postura normalmente abatida, num manifestar de displicência que lhe dá um
caráter de humildade deprimente. A pé, quando parado, recosta-se
invariavelmente ao primeiro umbral ou parede que encontra; a cavalo, se sofreia
o animal para trocar duas palavras com um conhecido, cai logo sobre um dos
estribos, descansando sobre a espenda da sela. Caminhando, mesmo a passo
rápido, não traça trajetória retilínea e firme. Avança celeremente, num
bambolear característico, de que parecem ser o traço geométrico os meandros das
trilhas sertanejas. E se na marcha estaca pelo motivo mais vulgar, para enrolar
um cigarro, bater o isqueiro, ou travar ligeira conversa com um amigo, cai logo
– cai é o termo – de cócoras, atravessando largo tempo numa posição de
equilíbrio instável, em que todo o seu corpo fica suspenso pelos dedos grandes
dos pés, sentado sobre os calcanhares, com uma simplicidade a um tempo ridícula
e adorável. (CUNHA, 1902, p. 79).
Vale a pena citar o encerramento do poema, que não esconde os
sentimentos pessoais do autor, Padre Silveira, como também deixa transparecer
aquela característica humorada do nordestino:
Oh! Meu Deus dos autos céus Meu bom Jesus amado
Convertei-o, levai-o para vós. (SILVEIRA apud SOUZA, 1979, p. 162). Se
lá vós não o quiserdes
Este indigno desgraçado
Mandai para a casa de Juda. (SILVEIRA apud SOUZA, 1979, p. 162).
Em 1872, o Padre Longino, já velho, pobre e cego, resolveu voltar para a
sua terra natal, sendo que o recurso para essa viagem veio de doações recebidas
por onde ele passava. Curiosamente, na sua chegada a Mossoró, uma grande
multidão recebeu-o. Souza (1979, p. 182-183) descreve da seguinte maneira a sua
chegada:
A chegada do Padre Longino em Mossoró realizou-se em abril do mesmo ano
de 1872 tendo tido por parte de seus parentes e patrícios uma grande recepção,
pois moços, e velhos do lugar desejosos de verem o Longino ausente a 28 anos
dos pátrios lares, cavalgando em seus cavalos foram ao encontro nas
proximidades da Serra de Mossoró entrando ele os muros da cidade, dessa cidade
que quando povoação serviu de teatro de suas inúmeras façanhas, acompanhado por
crescido números de cavalheiros e de populares a pé. Para a casa do Vigário
Antonio Joaquim onde achava hospedado Padre Longino houve uma verdadeira
romaria de seus parentes e patrícios, homens, mulheres e crianças, todos foram
ali conhecer o autor de tantas proezas das quais ouviram falar.
Trouxe em sua companhia uma filha e, cego, celebrava os atos religiosos
de cor. Logo em seguida, foi enviado para exercer a função de capelão na “Rua
da Palha”, na cidade de Upanema, ficando ali até 1877, quando a região foi
castigada por uma terrível seca. Suas funções sacerdotais foram autorizadas
pelo Padre Antonio Joaquim e ele voltou para Mossoró em 1878, ano em que
faleceu:
Adoecendo, voltou para Mossoró onde faleceu a 30 de maio de 1878, sendo
sepultado dentro da Capela do Cemitério Público de Mossoró. Faleceu com 74 anos
de idade e 50 anos de sacerdote. Quanto ao seu gênio tão conhecido dos antigos,
não sofreu mudança alguma. (BEZERRA, 1987, p. 31).
Como sentença final ao seu procedimento contrário à piedade, que
manchava seu ministério religioso, ficou à margem da história, mesmo que tenha
dedicado quase toda a sua vida ao sacerdócio e no seu exercício tenha morrido.
Foi condenado ao esquecimento, principalmente institucional, sendo lembrado e
mencionado apenas por aqueles pesquisadores que “folheiam as páginas” da
história e procuram ser transparentes, não omitindo fatos. Ainda, seu nome não
poderia ser lembrado em nenhum memorial, nem mesmo em uma rua; quando isso
aconteceu, a cidade acreditou ter corrigido o equívoco: “Rua Padre Longino (que
mais tarde passou a se chamar de rua Trinta de Setembro).” (FEMENICK, 2007, p.
60).
FONTE
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